Deputado Luiz Couto volta à Comissão de Direitos Humanos e convida influenciador Felca para debater adultização infantil
O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) foi efetivado como
membro da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial (CDHMIR)
da Câmara dos Deputados e, já em sua primeira ação, reforçou o convite ao
influenciador Felca (Felipe Bressanim) para uma audiência pública sobre a
adultização de crianças e adolescentes. O requerimento para o debate foi
apresentado em coautoria com o presidente da comissão, deputado Reimont
(PT-RJ).
Com uma trajetória consolidada na defesa dos direitos
humanos, que inclui três mandatos como presidente da comissão, Luiz Couto volta
ao colegiado a convite do deputado Reimont. A vaga foi aberta após a saída do
deputado Alencar Santana (PT-SP), que deixou o posto para se dedicar a outras
comissões da Casa. Para Couto, o retorno é uma oportunidade de reafirmar seu
compromisso com pautas sociais urgentes e de direitos fundamentais à dignidade
da pessoa humana.
“Espero poder contribuir de forma assertiva nesse espaço de
diálogo e de vigilância dos direitos do povo brasileiro, em especial daqueles
mais vulneráveis e têm seus direitos violados”, afirmou o deputado.
O convite ao
influenciador e o requerimento
O requerimento de audiência pública, que deve ser votado
ainda esta semana, visa reunir especialistas, entidades de referência e
comunicadores para discutir a adultização infantil. O fenômeno ocorre quando
expectativas e comportamentos adultos são impostos precocemente a crianças e
adolescentes.
Entre os convidados para o debate, destaque para o youtuber e
influenciador Felca, reconhecido por sua atuação na denúncia e problematização
do tema e que “viralizou” esta semana nas redes.
Também foram convidadas as entidades: Associação Nacional das
Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), referência na defesa dos direitos infanto-juvenis;
Conselho Federal de Psicologia (CFP), com estudos técnicos sobre os impactos
emocionais e sociais desse fenômeno; representante da sociedade civil no
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda); Safernet
Brasil, organização especializada no enfrentamento à exploração sexual infantil
online;
Urgência do debate
A adultização de crianças e adolescentes é um fenômeno
crescente no Brasil, manifestado em mídias, redes sociais, publicidade e até no
ambiente familiar. O problema gera impactos graves no desenvolvimento
emocional, social e psíquico.
Especialistas alertam que a prática pode:
- Prejudicar o desenvolvimento emocional, social e
psicológico.
- Contribuir para a naturalização de violências, como o
trabalho infantil e a exploração sexual.
- Reforçar desigualdades estruturais e estereótipos de gênero
e raça.
- Enfrentar as políticas de proteção previstas no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
Luiz Couto ressaltou que o debate na Câmara será fundamental
para fortalecer políticas públicas e ações concretas de proteção, afirmando que
"a infância deve ser respeitada como um período de direitos, descobertas e
cuidado, não como a antecipação de obrigações e vivências adultas".
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