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O Papa da Compaixão: O Legado deixado por Francisco para um Mundo Mais Justo

Em discurso na última segunda-feira (5), na Câmara dos Deputados, o parlamentar Luiz Couto (PT-PB) emocionou ao destacar a importância do Papa Francisco como um dos maiores líderes espirituais do nosso tempo. Baseando-se no artigo “O Papa da Compaixão”, de Luiz Gonzaga Belluzzo, publicado na revista Carta Capital, o deputado trouxe à tona reflexões profundas sobre o impacto deixado pelo pontífice na política, na Igreja e na vida das pessoas.

Francisco, desde o início de seu pontificado, foi uma voz incansável em defesa dos pobres, dos marginalizados e dos esquecidos. Sua mensagem vai além da religião: é um apelo global por humanidade, empatia e transformação social. Em um mundo onde crescem as desigualdades e impera a lógica do lucro acima da vida, o Papa desafiou sistemas que perpetuam a exclusão e convidou a todos nós a praticar de uma compaixão ativa.

Contra a indiferença, compaixão e solidariedade

O Papa Francisco denunciou o que ele chamava de "globalização da indiferença” uma cultura de cegueira social, onde a dor do outro se torna invisível. Para ele, essa é uma das maiores chagas do mundo moderno, sustentada por um sistema econômico que mata, que explora e abandona.

Francisco resgatou o verdadeiro espírito do Evangelho, lembrando que não existe fé cristã autêntica sem compromisso com o próximo. Sua famosa crítica a um "Jesus sem carne e sem compromisso com o outro" é um alerta a todos que usam a fé como fachada, sem assumir as dores do mundo real.

Coragem diante das resistências

Mesmo enfrentando fortes resistências dentro e fora da Igreja, Francisco manteve sua postura firme. Setores conservadores se incomodavam com sua visão de uma Igreja “em saída”, comprometida com as periferias existenciais. Mas ele não se calou.  Com coragem, seguiu denunciando as injustiças e propondo uma Igreja que caminhe com os últimos, os pequenos, os abandonados.

O legado de Francisco

O Papa da compaixão nos deixou um legado profundo:

Uma Igreja próxima do povo, que acolhe sem julgar e serve sem hierarquias.

Uma economia com rosto humano, voltada para a dignidade e não para o lucro.

Um cristianismo enraizado no amor, não na exclusão.

Um apelo à fraternidade universal, ao cuidado com a Casa Comum e ao respeito entre as religiões.

Mais do que palavras, seu exemplo inspirou ações. Francisco nos chamou a sermos construtores de pontes, e não de muros. A ouvirmos o grito dos pobres e da Terra. A vivermos a compaixão como prática política, espiritual e cotidiana.

Como disse o deputado Luiz Couto: “A matéria de Belluzzo nos provoca a refletir sobre o nosso papel nesse processo de transformação social, inspirando-nos a seguir o exemplo deixado pelo Papa Francisco. ”

“Que esse chamado ecoe e perdure em nossos corações e em nossas atitudes, concluiu Luiz Couto”.


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