“O que está em jogo não é apenas o futuro do deputado Glauber Braga, mas o futuro da própria democracia que juramos proteger”, afirmou o petista, que classificou o processo de cassação como uma medida desproporcional e politicamente motivada.
Couto criticou o que considera uma perseguição velada por parte do Conselho de Ética, que teria, segundo ele, ampliado de forma desmedida as implicações de um episódio isolado, a retirada de um militante do MBL de um evento. Para o parlamentar, usar esse fato como justificativa para a perda de mandato é um grave desvio do princípio da proporcionalidade.
Parafraseando Martin Luther King Jr. “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” e citando o jurista Norberto Bobbio, Couto defendeu que o respeito aos direitos das minorias políticas é essencial à democracia. Ele também mencionou o ministro Sepúlveda Pertence, ao criticar o que chamou de “armazenamento tático de provas”, usado como instrumento para ressuscitar disputas políticas antigas.
O deputado ainda apontou para uma suposta disparidade de tratamento entre parlamentares. Mencionou o caso de Diego Garcia, que teria resolvido um episódio de violência com um pedido de desculpas, enquanto Glauber enfrenta uma possível cassação. “É preciso refletir sobre a quem interessa silenciar vozes críticas dentro do Parlamento”, questionou.
Por fim, Luiz Couto apelou aos colegas para que reavaliem suas posições diante do processo, destacando a importância de defender não apenas Glauber Braga, mas também os princípios que sustentam a liberdade de expressão e a diversidade política no Legislativo.
“Defender Glauber é defender a democracia, é garantir que a crítica e a fiscalização permaneçam vivas neste Parlamento. Glauber Fica`", concluiu.
Brasília, 5 de maio de 2025
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