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Brasil busca papel mediador em meio à crise entre Israel e Palestina


Há um mês, o mundo assiste com apreensão ao agravamento da crise entre israelenses e palestinos no Oriente Médio. Na tribuna da Câmara, o deputado Luiz Couto (PT/PB) ressaltou que o Presidente Lula tem buscado a pacificação por meio do diálogo e do entendimento. Disse que o governo brasileiro, ciente da complexidade histórica do conflito entre palestinos e israelenses, tem procurado meios de solucionar impasses e crises sem que a população civil, especialmente crianças, pague o preço por desentendimentos prolongados.

“O saldo de mortos, resultado de um ataque terrorista do grupo extremista Hamas ao território de Israel, é assustador. A contraofensiva liderada pelo exército de Benjamin Netanyahu tem deixado vítimas em toda a Faixa de Gaza, com milhares de crianças, idosos e mulheres pagando com suas vidas por uma disputa da qual prefeririam estar longe. A escalada de terror continua deixando traumas e perdas irreparáveis. É lamentável! Contudo, é imperativo concordar com o apelo do Presidente Lula por um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. Crianças não podem ser feitas reféns em lugar algum, e o Brasil defende a libertação das crianças sequestradas pelo Hamas e o cessar dos bombardeios israelenses até que as crianças palestinas possam se refugiar fora da Faixa de Gaza”, destacou o deputado.

O parlamentar, também, falou de artigo pulicado pelo jornal francês Le Monde Diplomatique, onde o professor de Relações Internacionais, Fernando Brancoli, destaca o esforço do Brasil na negociação para proteger a população civil das áreas em conflito durante todo o mês de outubro, quando esteve na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.

“Brancoli reafirma a posição privilegiada do Brasil como mediador, sendo uma das poucas nações com relações amigáveis históricas tanto com Israel quanto com as comunidades palestinas. Uma das minutas de acordo desenhada pelo Brasil no Conselho de Segurança quase foi aprovada, mas os interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos prevaleceram, resultando no único voto contra o documento. O Brasil buscava criar condições para proteger as vidas dos civis na Faixa de Gaza”, falou Couto.

Para ele, internamente, a polarização política tem levado opositores do governo a disseminarem discursos simplistas sobre a complexa situação em Israel. O Deputado alerta que essa simplificação acirra “embates ideológicos, gerando instabilidade na difícil tarefa de equilibrar-se na geopolítica e alimentando uma cortina de fumaça com finalidade espúria”.

Disse, ainda, que a maior preocupação deve ser sempre com a proteção da vida humana, o bem-estar de crianças, idosos e suas famílias, o combate à fome, a assistência sanitária e o restabelecimento da paz.

“Como destaca o professor Fernando Brancoli, o Brasil está envolvido em uma batalha de narrativas, e cabe à nossa diplomacia e responsáveis pelas políticas internas abordá-las com cautela e discernimento. O Presidente Lula está certo em usar sua respeitabilidade internacional para mediar o conflito, e o Brasil tem muito a ganhar com isso. Que a paz prevaleça, e que a estupidez dê lugar à civilidade, concórdia e harmonia”, finalizou o deputado.

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