“O saldo de mortos, resultado de um ataque terrorista do
grupo extremista Hamas ao território de Israel, é assustador. A contraofensiva
liderada pelo exército de Benjamin Netanyahu tem deixado vítimas em toda a
Faixa de Gaza, com milhares de crianças, idosos e mulheres pagando com suas
vidas por uma disputa da qual prefeririam estar longe. A escalada de terror
continua deixando traumas e perdas irreparáveis. É lamentável! Contudo, é
imperativo concordar com o apelo do Presidente Lula por um mínimo de humanidade
na insanidade da guerra. Crianças não podem ser feitas reféns em lugar algum, e
o Brasil defende a libertação das crianças sequestradas pelo Hamas e o cessar
dos bombardeios israelenses até que as crianças palestinas possam se refugiar
fora da Faixa de Gaza”, destacou o deputado.
O parlamentar, também, falou de artigo pulicado pelo jornal
francês Le Monde Diplomatique, onde o professor de Relações Internacionais, Fernando
Brancoli, destaca o esforço do Brasil na negociação para proteger a população
civil das áreas em conflito durante todo o mês de outubro, quando esteve na
presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.
“Brancoli reafirma a posição privilegiada do Brasil como
mediador, sendo uma das poucas nações com relações amigáveis históricas tanto
com Israel quanto com as comunidades palestinas. Uma das minutas de acordo
desenhada pelo Brasil no Conselho de Segurança quase foi aprovada, mas os
interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos prevaleceram,
resultando no único voto contra o documento. O Brasil buscava criar condições
para proteger as vidas dos civis na Faixa de Gaza”, falou Couto.
Para ele, internamente, a polarização política tem levado
opositores do governo a disseminarem discursos simplistas sobre a complexa
situação em Israel. O Deputado alerta que essa simplificação acirra “embates
ideológicos, gerando instabilidade na difícil tarefa de equilibrar-se na
geopolítica e alimentando uma cortina de fumaça com finalidade espúria”.
Disse, ainda, que a maior preocupação deve ser sempre com a
proteção da vida humana, o bem-estar de crianças, idosos e suas famílias, o
combate à fome, a assistência sanitária e o restabelecimento da paz.
“Como destaca o professor Fernando Brancoli, o Brasil está
envolvido em uma batalha de narrativas, e cabe à nossa diplomacia e
responsáveis pelas políticas internas abordá-las com cautela e discernimento. O
Presidente Lula está certo em usar sua respeitabilidade internacional para
mediar o conflito, e o Brasil tem muito a ganhar com isso. Que a paz prevaleça,
e que a estupidez dê lugar à civilidade, concórdia e harmonia”, finalizou o deputado.
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